O Dia do Idoso é comemorado no Brasil em 1º de outubro. Essa data faz referência ao dia da aprovação do Estatuto do Idoso, em 2003.
É fato! A população de idosos cresce cada vez mais. Graças à maior expectativa de vida, segundo o IBGE, as pessoas com mais de 65 anos de idade devem chegar em 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060.
Mas será que eu sou um idoso? Qual a idade é considerada para uma pessoa ter direitos como idoso?
O estatuto do idoso define que a pessoa atinge essa condição aos 65 anos de idade. No entanto, não são raras as situações em que certos direitos são garantidos já a partir dos 60 anos.
O estatuto do idoso basicamente trata sobre a realidade do idoso em questões ligadas à saúde, convívio familiar, abandono, sexualidade, aposentadoria e outros pontos semelhantes.
Mas uma das maiores preocupações nessa idade é com a saúde. Como a prevalência do diabetes também está aumentando, a conclusão que chegamos é de que teremos mais idosos diabéticos necessitando de assistência médica ao passar dos anos. Mas será que as pessoas com mais de 65 anos devem ser tratadas igualmente aos mais jovens?
Os estudos sugerem que o idoso que não tem complicações, que tem uma boa qualidade de vida e tem uma expectativa de vida de 10-15 anos, deve ter seu tratamento orientado com os mesmos objetivos do diabético jovem, ou seja, manter a hemoglobina glicada inferior a 7%.
Já aqueles que apresentam complicações e tem uma expectativa de vida inferior a 5 anos, não se beneficiariam com um tratamento tão agressivo. Nesse caso é considerado um bom controle quando a hemoglobina glicada está entre 8-9%
Quando falamos em diabetes no idoso, é preciso lembrar que alguns desenvolveram a doença ainda na idade de adulto jovem e outros já na idade superior a 65 anos, ou seja, um idoso é muito diferente do outro: alguns são funcionais (capazes de manter o cuidado com o seu corpo e a vida em sociedade) e apresentam poucas doenças relacionadas, já outros são frágeis, dependentes e apresentam múltiplas doenças.
Muitas vezes os parentes próximos que “tomam as rédeas” do tratamento, então é necessário que a pessoa cuidadora saiba exatamente o que precisa ser feito, acompanhar de perto todas as medicações, medir a glicemia capilar com frequência para evitar as hipoglicemias e tomar algumas medidas preventivas.
QUAIS OS CUIDADOS QUE DEVEMOS TER COM O PACIENTE DIABÉTICO IDOSO EM NEUROLOGIA?
- NEUROLOGISTA: checar os membros do idoso em busca de tiques, formigamentos, perda de sensibilidade, úlceras ou machucados.
Os diabéticos são mais vulneráveis a amputação de membros inferiores, isso se deve a uma complicação chamada de pé diabético, que é considerado um problema grave e com consequências muitas vezes devastadoras diante dos resultados do mal tratamento, que podem implicar em amputação de dedos, pés ou pernas.
A neuropatia diabética, que é quando os nervos responsáveis pela nossa sensação de dor e tato estão afetados pelo diabetes, pode causar perda da sensibilidade protetora dos pés, deixando-os mais sujeitos a machucados e feridas, e é por isso que muitas vezes o paciente acaba perdendo seus membros.
A Merck Brasil tem levantado uma bandeira chamativa para esse problema que muitas vezes não é discutido abertamente nas redes sociais, a campanha chamada “Escute seus nervos” traz informações sobre sintomas, tratamentos e a importância do bom controle glicêmico durante os anos.
DESCUBRA OS SINTOMAS RELACIONADOS COM DANOS NOS NERVOS:
- Sensação de pontadas, agulhadas ou de choques elétricos até mesmo dor em seus pés e mãos. A dor pode ser leve no início, mas pode piorar ao longo do tempo e se espalhar até suas pernas ou braços. Ficando pior à noite.
- Sensibilidade ao toque: até o toque mais suave em algumas áreas do corpo pode ser uma sensação insuportável e dolorosa. OU diminuição da capacidade de sentir dor. Imagine não ter sensação ao toque de uma agulha... que deve doer bastante, mas, neste caso, não dói!
- Sensação de usar uma "luva" invisível ou "meia" que impeça você de sentir um toque! Às vezes, parece que a pessoa não consegue sentir onde seus pés ou mãos estão... é possível descrever como se os pés ou as mãos estivessem "dormindo"!
- Sensação de alfinetes e agulhas: também chamada de "picada", é uma sensação espontânea semelhante a de alfinetes e de agulhas sobre os dedos do pé ou os dedos da mão e que podem se espalhar para as pernas e os braços.
- Sensação de fogo sob a pele.
- Sensação de choques ou de formigas andando nas pernas e nos braços.
- Câimbras: elas envolvem os músculos do seu corpo, geralmente a panturrilha ou o pé.
- Tremores: pequenas contrações musculares no seu corpo. Por exemplo, pode ser um movimento involuntário de um músculo.
- Você pode sentir tontura, sensação de desmaio, perda de equilíbrio e ter menos coordenação motora.
- Dificuldade de andar/ subir escadas: essas ações tornam-se difíceis e a coordenação motora pode ser prejudicada.
- Perda de controle da função urinária da bexiga. Você também pode ter problemas funcionais digestivos ou intestinais.
- Alterações no seu batimento cardíaco.
- Transpirar exageradamente quando não há nenhuma razão para tal.
- Fraqueza tão intensa que, se afeta as mãos, por exemplo, você não é capaz de segurar mesmo objetos leves. Algumas pessoas definem esta sensação como estar com as "mãos amanteigadas".
Quer conhecer mais sobre a campanha “Escute Seus Nervos”? Acesse o site:
Referências:
1º de Outubro – Dia do Idoso; Brasil Escola.
http://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-idoso.htm
Telessaúde Sergipe
http://aps.bvs.br/aps/porque-os-diabeticos-sao-mais-vulneraveis-a-amputacao-de-dedos-pes-ou-pernas/
Dr. Mateus Dornelles Severo
http://www.diabetes.org.br/publico/diabetes-em-debate/910-manejo-do-diabetes-mellitus-no-paciente-idoso